Gurdjieff Brasil
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Emoções Positivas
Maio 2005 - Mary escreveu uma adendo à sua uma poesia "De mais ninguém":Faz dez anos que escrevi este poema pra você. Ouso torna-lo público. Tornar público um amor é ser honesto de coração. É um poema que previa o envelhecer, um colocar o outro no sol. Previa intimidade, companheirismo. Previa sexo, ternura e carinho. Previa também crescimento mútuo. Não um à sombra do outro, mas árvore de uma sombra só. Relendo-o hoje eu o reescreveria da mesma forma, com as mesmas palavras, com a mesma doçura. Nem parece que o tempo passou. Quando criança amava ver como os pombos se amavam. Parecia ser uma forma muito delicada de amar. Entre olhares e arrulhos, um grão entre o bico parecia ser a mais grata surpresa. Essa meiguice, esse cuidado um com o outro e ao mesmo tempo esse voar livre, sempre me fascinaram. Até hoje eles me inspiram e me fazem acreditar que amor nenhum nunca está pronto. Há sempre uma conquista a ser feita. Do curso intensivo de flirt (era assim que se chamava olhar perdidamente um para o outro) que fizemos, ficou o grato exercício de silenciosamente olharmos no fundo dos olhos, procurando o dentro um do outro. A procura do grão necessário. Anos atrás assisti a um casamento onde o sermão do padre foi sobre um mineiro saindo de uma mina de carvão após um extenuado dia de trabalho. Perguntaram para este mineiro o que é que ele fazia na vida, ele respondeu: Eu amo Ana! Desde aquele dia esta frase ficou dentro de mim, retumbando como um mantra, como receita de um amor sublime – um amor maior que o fazer! Você sempre soube do quanto gosto dos filmes de amor que começam com “era uma vez” e mais ainda dos que terminam “e foram felizes para sempre”.Torço para que a nossa possa ser uma dessas histórias. Quando ao final de um dia de trabalho você liga no meu celular e diz: Amor, cê já ta vindo? Vem logo que a lua tá linda! Acredito que nosso amor é mesmo especial, é amor de cinema. Me faz lembrar o mineiro... A tela plana, de plasma, pasmem, é a Serra do Curral, emoldurando nosso ninho de amor entre pombos, grãos e filhotinhos. Se for contar pelos trinta anos de namoro, nosso filme já pode ser considerado de época. Mas amor pra mim não existe no passado. Amor antigo não existe. Amor é sempre presente. Presente de Deus. Sei que inveja é coisa feia, mas quizera eu ser Florbela Espanca, só pra ter escrito uma frase que sintetiza todos os versos que tentei escrever pra você todo esse tempo –“ E para te encontrar foi que eu nasci”. Diariamente eu te amo, Mary Ps: Quem nunca tiver escrito uma carta de amor sem achar que ela é brega, que pule esta página! 8 JUNHO 2005 - DE ANA PARA MARY:Mary, Flávia me enviou sua declaração de amor, de 30 anos. 8 JUNHO 2005 - DE MARY PARA ANA:Ei Ana, obrigada pelas palavras de carinho. Entendo tudo que vc disse pois na minha casa era mais ou menos assim. Acho que só cresci depois que me casei, aí o Moreco me deixou voar e nunca mais tive medo se sempre ser eu mesma, com amor, Mary Que tal tirar uma poesia do baú e me mandar? A Cora Coralina é nossa grande mestra pois começou a escrever depois dos oitenta, ou seja ainda tá na hora de arregaçar as mangas. 22 JUNHO 2005 - DE ANA PARA ESTE WEBSITE:A bondade, o amor, a sinceridade, a coragem e a experiência de vida de Mary impulsionarm em mim sentimentos semelhantes, fazendo ressoar sons antes adormecidos em meu interior. Tentarei de agora em diante fazer soar essas notas para que outros mais as ouçam e para que mais despertem o positivo dentro das pessoas. Se cada um assim despertado fizer soar a sua nota, quem sabe poderemos todos juntos influenciar o mundo para o bom e o belo, assim como os passarinhos, que sempre cantam com a mesma pureza dia após dia, dia após dia! |